sexta-feira, 13 de maio de 2011

SANTA JÚLIA BILLIART

Na cidade de Cuvilly, França, a 12 de julho de 1751, nasceu Maria Rosa Júlia Billiart. Filha de Francisco e Maria Antonieta, pobres e muito religiosos, que a batizaram no mesmo dia. Júlia fez a Primeira Comunhão aos sete anos. Desde então, Jesus foi o único alimento para sua vida. Aprendeu apenas a ler e a escrever, porque ajudava a sustentar a família.
Aos treze anos, Júlia sofreu sérios problemas e subnutrida, ficou lentamente paraplégica, por vinte e dois anos. Durante este tempo aprendeu os mistérios da vida mística, do calvário, da glória e da luz. Sempre engajada na catequese da paróquia era preocupada com a educação dos pobres. Cultivava amizades na família, com os religiosos, com as carmelitas, com as damas da nobreza que lhe conseguiam os donativos.

Nesta época, decidiu ingressar para vida religiosa, com uma meta estabelecida: fundar uma congregação destinada a educar os pobres e a formar bons educadores. Mesmo não sendo letrada, possuía uma pedagogia nata, aprendida na escola dos vinte e dois anos de paralisia, nos contatos com as autoridades civis e eclesiásticas e com os terrores da destruição da Revolução Francesa de Napoleão Bonaparte.


Assim, ainda paralítica em 1804, fundou a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora.

Júlia foi incapaz de amarrar sua instituição aos limites das exigências das fundações de seu tempo. Sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus a curou. Depois de trinta anos voltou a caminhar. A Mãe de Deus era sua grande referência e modelo, e a Eucaristia era o centro de sua vida de fé inabalável. Mas, viver com ela não era fácil. Era um desafio constante, devido firmeza de metas foi considerada teimosa e temperamental. Principalmente por não aceitar que a congregação fosse só diocesana, ou seja, sem superiora geral.


Custou muito para que tivesse este direito, mas por fim, foi eleita Superiora Geral.

Júlia abriu em Amiens a primeira escola gratuita e depois não parou mais. Viajava da França e da Bélgica, fundando pensionatos e escolas, pois naqueles tempos de miséria a necessidade era muito grande. Não aceitava qualquer donativo que pudesse tirar a independência da congregação. Para ter recursos, criava pensionatos e ao lado destes, a escola para pobres. Perseguida e injustiçada pelo bispo de Amiens, foi por este afastada da congregação.


Todas as irmãs decidem seguir com ela para a cidade de Namur, na Bélgica, onde se fixam definitivamente.

Júlia, incansável continuou criando pensionatos, fundando escolas, formando crianças e educadores, ficando conhecidas como as "Irmãs da Nossa Senhora de Namur". Alí a fundadora consolidou a diretriz pedagógica da congregação: a educação como o caminho da plenitude da vida. Morreu em paz no dia 8 de abril de 1816 na cidade de Namur.

"Através do seu Batismo, de sua Consagração Religiosa e por sua vida inteira de fé em Deus, que é bom, Júlia foi colocada na trilha da opção divina pelos pobres". Foram estas as palavras do papa Paulo VI para declarar Santa, Maria Rosa Júlia Billiart, em 1969, que no dia 8 de abril deve receber as homenagens litúrgicas.